“O cadáver já parecia possuir um nome, agora era necessário descobrir quem o matara e o por quê. Mas Vlad sabia que para chegar ao fim, era necessário compreender o início antes de tudo.”
Os Contos de Vlad: Primeiras Noites – página 22
Dizem que faro jornalístico é essencial para uma grande reportagem... mas esqueceram de mencionar nas encrencas que, às vezes, ele te leva. Vladimir tem o dom de buscar as respostas para os casos mais conturbados que afetam São Ângelo, no entanto, as verdades por detrás dos fatos nem sempre cruzam os melhores caminhos. Conheça Vlad e os contos inspirados em suas aventuras!
Vladimir Correia, para os conhecidos Vlad, é um jornalista sério e famoso por suas investigações paralelas atrás das notícias mais “populares” na cidade de São Ângelo. Conhecido por driblar os segredos da polícia e por desafiar o perigo, Vlad não se detém pelo medo ou pelas condutas “certinhas” que conduzem as investigações, sempre estando um passo a frente na busca pela verdade. Um detetive, como dizem seus leitores e amigos, Vlad está sempre à procura da justiça, mas nunca deixando de se envolver, mesmo que indiretamente, nas suas próprias investigações. A cada novo caso, uma nova aventura... a cada nova pista, mais um mistério a ser desvendado. Com o apoio da sua fiel amada Helena e do seu contato, delegado Faria, Vlad segue seus instintos para achar a peça certa para seu caso, num constante jogo de inteligência, sagacidade e rapidez.
“Fiz por amor, tão somente pelo amor de quem não me ama”.
Os Contos de Vlad: Primeiras Noites – página 55
Os Contos de Vlad: Primeiras Noites consistem em cinco contos sobre casos misteriosos ou escandalosos que chamaram o interesse de Vlad. O seu faro investigativo nunca foi tão requisitado como nos últimos tempos, afinal, ser repórter investigativo não é lá pouca coisa. O primeiro conto “O Mistério do Serpente Negra” apresenta uma série de assassinatos a jovens ruivas ligados, estranhamente, a uma obra inacabada do recém-falecido, e popular, autor da cidade, onde a vida realmente imita a arte ou até mesma, dá origem a ela. Já “O Nobre Cadáver”, a descoberta de um corpo diante da eminente eclosão do prometido Hotel Royal traz a tona os mistérios por detrás do desaparecimento do seu fundador, Lorde C. Willian Lintman, e provável candidato ao cadáver em si, revelando não apenas um assassinato, mas o fato de que o passado e as origens nunca são deixados para trás. O caso de “A Amante”, quando a amiga de Helena, sua amada, é encontrada morta, o pedido de justiça por parte de Helena faz Vlad correr atrás da verdade, mesmo que para isso, precise desvendar segredos e se ver metido em intrigas e conspirações que podem lhe cobrar um preço muito alto. Em “O Pierrot Voador”, o retorno de velhos amigos em meio a uma série de roubos de peças valiosas por um palhaço amorosamente frustrado, deixa Vlad dividido entre deveres civis, fidelidade aos amigos e a imensa vontade de consertar dois corações partidos. No último conto, “O Confessionário”, durante as férias de Vlad à cidade de seu irmão, um crime bárbaro assola a população, quando seu famoso e santíssimo padre é morte, dentro do confessionário, e põem a prova inúmeras rixas, revelações tempestuosas e um passado há muito encoberto, em um quebra-cabeça criminal, onde o mais justo nem sempre é o mais certo e correto na realidade.
“— Já pensou em entrar para a polícia, Vlad? Parece que desvendou um mistério.
— Não delegado, apenas acabei de sair de um conto de terror.”
Os Contos de Vlad: Primeiras Noites – página 19
Quando fui procurada pelo Thiago Rossi para ler Os Contos de Vlad não fiz a associação no título com relação à história. Logo, ao ler as primeiras páginas, percebi se tratar de contos, o que me causou certo receio, já que prefiro histórias mais longas e com certa cronologia, do que histórias curtas. No entanto, me surpreendi positivamente com relação ao livro. Apesar de se tratar de contos, Thiago soube criar seus casos de mistérios em cima de uma cronologia, e por mais que sejam histórias “separadas”, cada qual com início, meio e fim, a obra em si tem uma continuidade bem sucinta, mas presente, o que já garantiu muitos pontos comigo.
A narrativa de Contos de Vlad não perde em detalhes e emoções, pois por mais que se trate de uma história rápida, o enredo não é acelerado, e garante ao leitor, muitas aventuras, suspenses e mistérios a serem desvendados. Os personagens principais do livro incluem, além do protagonista, Vlad, sua namorada Helena, digna de um grande senso de humor e um espírito aventureiro sem pretextos (e às vezes pudores e medos), e o delegado Faria, que por mais que tente resolver as investigações por seus meios, não dispensa a ajuda de Vlad. E a cada novo caso, outros personagens ganham destaque na obra, como Ricardo, amigo e companheiro jornalístico de Vlad, e Carlos, pai de Helena. Sem contar na diagramação do livro, que conta com uma espécie de marcador como abertura de cada novo capítulo/caso e dá uma aparência muito bonita para o encarte.
Gostei muito de Os Contos de Vlad e ainda mais pela escrita simples e sem muitas frescuras de Thiago Rossi. O livro me surpreendeu tanto pela abordagem (contos), quanto pelo desenvolvimento da história, que não perdeu em nada em se “sub-dividir” em pequenas histórias. Foi uma versão brasileira e instigante de Sherlock Holmes e Watson, com ritmo, enredo criativo e aventuras de tirar o fôlego. Acabei a leitura com um gostinho de quero mais… ou seja, fui conquistada por estes contos e não vejo a hora de ler mais aventuras de Vlad e sua trupe. Ótima pedida para leitura no fim de tarde, onde há espaço para aquela escapada da realidade em meio a uma história envolvente. Ele quer justiça e busca pela verdade, e a cada nova etapa, escreve um novo capítulo de sua própria história. Faça parte de Os Contos de Vlad e divirta-se!!
Título Original: Os Contos de Vlad - Primeiras Noites Autor: Thiago Rossi Ano de Lançamento: 2011 Número de Páginas: 103 Editora: Clube dos Autores Onde Comprar: Editora Sinopse: As aventuras de Vladimir Correia, um repórter investigativo do jornal Tribuna Democrata da cidade de São Ângelo. Sarcástico, um tanto desleixado, dono de um velho Opala 85 e, embora nunca confesse, apaixonado por sua namorada Helena. Neste primeiro livro, o Vlad, se vê envolvido em estranhos casos como o do serial killer Serpente Negra que ataca mulheres ruivas, o aparecimento de um cadáver importante numa antiga construção abandonada, o suicídio da amante de um homem rico, os roubos de um palhaço desiludido e o assassinato de um padre considerado santo. Aventuras e perigos que desafiam a coragem, ousadia e paciência do repórter. Minha Avaliação: «««« |
6 comentários:
Nossa me parece muito legal!!!
fiquei morrendo de vontade de ler!
e adorei a resenha
beijos
amo misterios e suspense bem escritos fica melhor ainda ^^ deu muita vontade de ler
Parece ser legal e tals, mas não curto muito contos não. Anotarei pra ler um dia.
Eu adoro ler contos, ainda mais os de mistério *-* Vou ler, com certeza!
Ahh =\
Por que a quantidade de páginas sempre me desanima? :(
Também prefiro as histórias mais longas, elas te fazem vivê-las com itensidade. Mas... quantidade não é qualidade. Existem contos que valem muito mais a pena que alguns livros inteiros! Tomara que os do Thiago sejam assim *--*
Eu acho que a única parte ruim de livros de contos é quando eles não possuem uma sintonia entre si o que prejudica a leitura, por que uns podem ser 'maravilhosos' e outros 'deixarem' a desejar.
Fiquei bem curioso com o livro mesmo eu não sendo muito fã do gênero suspense policial. E foi uma surpresa interessante saber que o nome do livro, que remete ao uma 'obra' vampiríca, tem outro tema (mas que para aficionados por vamps pode acabar sendo ruim rs.)
E para terminar se estas são as primeiras noites que venham mais e mais, já que o livro tende a parecer uma leitura agradável e rápida. Parabéns ao autor Thiago pelo livro e para a Rê, minha linda, pela ótima resenha. *.*
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