Resenha: Memórias de uma Gueixa


Resenha: Memórias de uma Gueixa

Olá, leitores do Guria! Aqui é a Min vindo apresentar a vocês uma nova parte do blog, as resenhas de blogueiros convidados. Hoje a blogueira convidada é a Luana, do Minha Bolha. Enjoy ;)






     Sinopse: "Memórias de uma Gueixa" é um romance fascinante, para ser lido de várias maneiras: como um mergulho na tradicional cultura japonesa, ou um romance sobre a sexualidade, e ainda, como uma descrição minuciosa da alma de uma mulher já apresentada por um homem. Seu relato tem início numa vila pobre de pescadores, em 1929, onde a menina de nove anos é tirada de casa e vendida como escrava. Pouco a pouco, vamos acompanhar sua transformação pelas artes da dança e da música, do vestuário e da maquilagem; e a educação para detalhes como a maneira de servir saquê revelando apenas um ponto do lado interno do pulso - armas e mais armas para as batalhas pela atenção dos homens. Mas a Segunda Guerra Mundial força o fechamento das casas de gueixas e Sayuri vê-se forçada a se reinventar em outros termos, em outras paisagens.


     Neste romance, a história de Chiyo Sakamoto é revelada. Nunca antes a vida particular de uma gueixa fora contada, exceto quando Sayuri decidiu já se fazer chegada a hora. Chiyo Sakamoto era uma doce menina, inocente como as demais meninas a viver entre pescadores. Com a mãe doente e o pai idoso o bastante para não dedicar o restante da vida a mais ninguém, a pequena japonesa, juntamente com a irmã mais velha, Satsu, não teria vez de sobreviver à própria mercê. Moradora de uma “casinha bêbada”, assim chamada devido ao seu aspecto ladeado, Chiyo, aos nove anos de idade, cruzou o caminho do homem que mudaria o seu destino. Ao trocar um olhar pela primeira vez com o Sr. Tanaka, a menina teve uma visão de segurança e esperança, enquanto que o homem nada via além de um belo par de olhos claros. Ou, talvez estivesse a ver o além desde o princípio. Quantas japonesas podem olhar ao redor como se um pequeno pedaço do ceu estivesse a esconder-se entre suas pálpebras? Em meio a um mar de olhos negros, quantas meninas podem modificar todo o trajeto de sua vida com um simples levantar de cílios? Chiyo pode, ainda que inconscientemente.


     Em Memórias de uma Gueixa, o autor, Arthur Golden, apresenta-nos a beleza da cultura japonesa em uma trama de sensualidade e audácia. Através da história da pequena menina a tornar-se uma grande mulher, nos perdemos entre intrigas e desafios, reencontrando-nos apenas na força de Chiyo, que, após ser vendida pelo Sr. Tanaka ao Okiya Nitta – sendo Okiya o nome dado as casas nas quais viviam as gueixas –, teve de sufocar-se por inteiro para, aos poucos, fazer nascer seu novo eu: a gueixa Sayuri Nitta.   A palavra “gueixa” significa “artista”, logo, o treinamento árduo de uma aprendiz é composto desde a dança até o doce ato de servir chá. Ao ouvir que gueixas divertem homens, pode pecar quem as imagine como prostitutas. A bem da verdade, uma gueixa só vem a ter relação sexual com o seu Danna, que é o homem que se dispõe a sustentá-la pelo resto da vida. Para os demais homens, elas não passam de musas de inspiração, beldades sedutoras, companhias para casas de chá e festas.


     Apesar de todo o sofrimento impregnado nas páginas, ou talvez justamente por causa dele, este é um livro que todos deveriam ler pela veracidade com que as coisas são descritas. A maneira de expressar os pensamentos de Sayuri, a forma elaborada como as palavras são tratadas, em uma linda moldura, ou talvez como doces amantes, tornam o enredo quase próprio, particular do leitor. De uma essência magnífica, sem dúvida. O amargo e o doce caminham lado a lado, aguçando os paladares, tornando esta uma leitura para lá de saborosa.


 "Me chamo Luana Jacobsen, vulgo Vulcka. Sou uma ariana colecionadora de histórias. Minha maior paixão está em algum lugar entre lê-las e contá-las."

                                   Luana, aka Vulcka, é a blogueira do Minha Bolha 

5 comentários:

Aline T.K.M. disse... [Responder comentário]

Ainda lerei esse livro! Vi o filme há tempos e gostei muito, tem uma fotografia belíssima, achei lindo. Mas, não sei aonde eu vi, e faz muitooo tempo, algo que contestava a veracidade desse livro, que a história verdadeira desta gueixa não seria exatamente desse jeito. Bom, enfim, não me lembro exatamente.

Bjão!
escrevendoloucamente.blogspot.com

Thais Priscilla disse... [Responder comentário]

Esse é um dos meus livros favoritos. Gostei tanto de conhecer a cultura japonesa, os antigos costumes e tudo o mais. O filme também é muito bonito.

Beijinhos,
Thais P.
http://thaypriscilla.blogspot.com

. disse... [Responder comentário]

Eu tinha um poster do filme, haha, mas, na verdade, nunca o vi. Comecei a ler o livro pela internet como e-book, mas perdi o interesse, deve ser porque nunca consigo me concentrar direito em algo no computador... Mas pela sua resenha, me interessei, vou buscar lê-lo. Adoro teu blog!

Maíra K. disse... [Responder comentário]

Não li o livro ainda, mas assisti o filme e achei maravilhooooso! O interessante é ver que apesar da cultura japonesa ser belíssima em tantas coisas, há/houve muito sofrimento por trás dela.

Anônimo disse... [Responder comentário]

Muito bom o filme

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