Orgulho e Preconceito – Jane Austen

 

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Um é o ORGULHO, o outro o PRECONCEITO... e juntos eles formam uma bela história de amor.

 

Sabe aquele livro que é citado dentro de outro e você pára e pensa, “Hum, por que não? Deve ser bom”. Então você arrisca, lê o livro e se surpreende? Foi exatamente o que aconteceu nesse caso.

 

Para quem não sabe (ou não lembra), Jane Austen, a famosa escritora inglesa, foi citada na série Crepúsculo, durante as muitas leituras e devaneios de Bella por Edward Cullen. No auge do meu vício, resolvi comprar TODOS os livros citados na série (sim, todos O_O). Mas, depois que a febre passou, eles ficaram parados na minha estante e perderam espaço nas minhas leituras. Porém, num momento de fraqueza (diga-se flashback), apostei na leitura de Orgulho e Preconceito... e garanto que não me arrependi.

 

 

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“Tenho lutado em vão. Não adianta. Meus sentimentos não serão reprimidos. Preciso me permitir dizer-lhe com que intensidade eu a admiro e amo.”

 

 

Orgulho e Preconceito relata a história de duas irmãs na ânsia de encontrar um grande amor e realizar um casamento bem “afortunado” em meio ao século XVIII. As duas fazem parte da excêntrica família Bennet, liderada pelo irreverente Sr. Bennet e sua esposa, Sra. Bennet, cujo principal objetivo de vida é casar as suas cinco filhas: Jane, Elizabeth, Mary, Kitty e Lydia. Com a chegada de um cobiçado solteiro à cidade de Hertfordshire, os planos de matrimônio da Sra. Bennet passam a motivar a família e todos se dedicam a conhecer o famoso Sr. Bingley. Mas a presença do arrogante Sr. Darcy provoca uma reviravolta nos planos da família.

 

matthew-macfadyen-as-mr-darcyEnquanto a bela Jane encanta o Sr. Bingley, a esperta Elizabeth apenas consegue confundir as emoções do Sr. Darcy. Em meio a bailes e encontros sociais, a vida dos quatro jovens se cruza e seus destinos são traçados pelo status de uma sociedade injusta e materialista, onde as aparências ditam os comportamentos a se seguir.

 

Numa viagem emocionante (e muito realista) pelo cotidiano do século XVIII, Austen transporta o leitor através das incertezas e esperanças das jovens em alcançar um futuro promissor e constituir a família que tanto almejam, transpassando pela burocracia social e desigualdade para com as mulheres, questionando os valores que a sociedade empregava. Austen consegue intercambiar as ações dos personagens, mudando o tom da história ao longo do livro.

 

Compondo uma história de amor recheada de grandes diálogos e por personagens expressivos, Orgulho e Preconceito se destaca dentre os romances clássicos ingleses, por apresentar uma crítica sutil ao comportamento humano e a forma de julgar o caráter individual dos seres. Como o orgulho e arrogância de Darcy, que lhe passam uma imagem fria e prepotente, até ser realmente conhecido como um homem honesto, de boa índole e respeitador, ao deixar-se levar pelas emoções que tanto reprimia.

 

 

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“- Não lhe posso dar crédito por qualquer filosofia deste tipo. Seus retrospectos devem ser tão absolutamente isentos de censura que a satisfação oriunda deles não vem da filosofia e sim, o que é muito melhor, da inocência. Mas comigo, não é o que acontece. Vêm à tona dolorosas recordações, que não podem ser repelidas. Tenho sido um egoísta durante toda a vida, na prática, ainda que não em sentimentos. (...) Recebi bons princípios, mas me deixaram praticá-los com orgulho e arrogância. (...) permitiram, encorajaram, quase me ensinaram a ser egoísta e altivo; a não considerar pessoa alguma fora do círculo familiar; a desprezar o resto do mundo; a acreditar, pelo menos, serem sua inteligência e valores inferiores quando comparados aos meus. Assim fui, dos oito aos vinte e oito anos; e assim poderia ainda ser não fosse por minha querida, amada Elizabeth! O que não lhe devo? Consigo aprendi uma lição, dura a princípio, é verdade, mas muito proveitosa. Por suas mãos, fui merecidamente humilhado. Aproximei-me sem qualquer dúvida quanto a ser aceito. Sua resposta me mostrou como eram insuficientes todas as minhas pretensões de agradar a uma mulher digna de todos os agrados.”

 

 

Apesar de o livro iniciar narrando às pretensões matrimoniais de Jane, é Elizabeth quem guia o rumo dos acontecimentos na história. Mesmo a narração sendo em terceira pessoa, é o preconceito de Liza por Darcy que rouba a cena, um preconceito que prova como é errado julgar as pessoas pela primeira impressão. E ao longo da história, Liza sente profundamente esse erro e muda seu jeito como prova do amor que surgiu desse desafeto. 

 

A linguagem, apesar de ser “rebuscada” e formal, demonstra a maestria com que Austen desenvolve sua escrita. Com muitos detalhes e uma visão perspicaz, Jane Austen é, de fato, um dos maiores nomes da literatura clássica (e até atual!) quando se trata de romances históricos e envolventes. Já acrescentei todos seus livros à minha lista de compras futuras (dica de presente! rs).

 

Orgulho e Preconceito é uma linda história de amor, que ensina a não julgar as coisas pela aparência, mas dar a elas o seu devido valor conforme o tempo. Se você ainda não leu, não perca tempo e acrescente o livro a suas próximas leituras. Garanto que não irá se arrepender.

  

 

 

O livro foi adaptado ao cinema e teve duas versões, sendo que a atual (versão do ano 2005), tem Keira Knightley, como Elizabeth Bennet e Matthew MacFadyen, como Sr. Darcy. Na minha singela opinião cinematográfica, é um dos poucos (para não dizer raros) casos de adaptação fidedigna à história original (na maior parte). O filme me conquistou e me transportou ao século XVIII e ao amor de Darcy e Liza. Uma opção a mais para quem deseja prestigiar essa obra-prima! (sem contar que o Sr. Darcy do filme é um caso a parte #suspira)

 

 

 

Informações:

Título Original: Pride and Prejudice

Título Nacional: Orgulho e Preconceito

Autora: Jane Austen

Ano de Lançamento: 2008

Número de Páginas: 400 páginas

Editora: Landmark

Sinopse: ORGULHO E PRECONCEITO pode ser considerado como especial porque transcende o preconceito causado pelas falsas primeiras impressões e adentra no psicológico, mostrando como o auto-conhecimento pode interferir nos julgamentos errôneos feitos a outras pessoas A autora revela certas e posturas de seus personagens em situações cotidianas que, muitas vezes, causam momentos cômicos aos leitores, dando um caráter mais leve e satírico ao livro. As emoções e sentimentos devem ser decifrados por quem decidir mergulhar na obra de Jane Austen, uma vez que encobertos nas entrelinhas do texto. A escritora inglesa apresenta seu poder de expressar a discriminação de maneira sutil e perspicaz em ORGULHO E PRECONCEITO; ela é capaz de transmitir mensagens complexas valendo-se de seu estilo a um tempo simples e espirituoso.

O principal assunto do livro é contemplado logo na frase inicial, quando a autora menciona que um homem solteiro e possuidor de grande fortuna deve ser o desejo de uma esposa. Com esta citação, Jane Austen faz três referências importantes: a autora declara que o foco da trama será os relacionamentos e os casamentos, dá um tom de humor á obra ao falar de maneira inteligente acerca de um tema comum, e prepara o leitor para uma caçada de um marido em busca da esposa ideal e de uma mulher perseguindo pretendentes.

O romance retrata a relação entre Elizabeth Bennet (Lizzy) e Fitzwilliam Darcy na Inglaterra rural do século XVIII. Lizzy possui outras quatro irmãs, nenhuma delas casadas, o que a Sra. Bennet, mãe de Lizzy, considera um absurdo.

Quando o Sr. Bingley, jovem bem sucedido, aluga uma mansão próxima da casa dos Bennet, a Sra. Bennet vê nele um possível marido para uma de suas filhas. Enquanto o Sr. Bingley é visto com bons olhos por todos, o Sr. Darcy, por seu jeito frio, é mal falado. Lizzy, em particular, desgosta imensamente dele, por ele ter ferido seu orgulho na primeira vez em que se encontram. A recíproca não é verdadeira. Mesmo com uma má primeira impressão, Darcy realmente se encanta por Lizzy, sem que ela saiba do fato. A partir daí o livro mostra a evolução do relacionamento entre eles e os que os rodeiam, mostrando também, desse modo, a sociedade do final do século XVIII.

 

Minha avaliação:

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19 comentários:

EricaMarts disse... [Responder comentário]

Uhu, estou com o livro aqui, só estou esperando uma oportunidade para lê-lo.
O filme eu não vi, e preciso ver a série.
Sem dúvida é uma história que vale a pena ser lida.

Bye

Anita. disse... [Responder comentário]

aameeeeei ! Pride & Prejudice é perfeeito. aconselho o livro, o filme e a trilha sonora !

I ♥ Mr. Darcy.

Samantha disse... [Responder comentário]

Não é à toa que alguns livros são chamados de clássicos, esse conseguem encantar os leitores muito além do seu tempo. Jane era uma mulher de grande sensibilidade e retratava como poucos a modo de vida da época em que viveu.
Apesar de não gostar nenhum pouco de Crepúsculo, pelo menos o livro consegue abrir caminho para a literatura clássica de qualidade.
Ótima resenha.
bjks
Sam

Mellory Ferraz disse... [Responder comentário]

Eu sou LOUCA para lê-lo desde que assisti ao filme, e fiquei contente por saber é que fiél ao livro.
Acho muito graciosa a relação dos dois, e não tem como não cair de amores pela história.
É uma vergonha dizer, mas nunca li um romance de Austen =/ Pretendo ler em breve!
E ufa, ehn? Estava difícil de sair mas ficou ÓTIMA sua resenha, como sempre... Seu vocabulário é lindo!

Thay Gomez disse... [Responder comentário]

Adorei a resenha, Rê!
Está na minha lista, para ser adquirido logo em breve *.*

Mi disse... [Responder comentário]

Confesso que me empolguei com a leitura do livro mais pro final; mas o filme é lindo *suspira*

Linda resenha, rê!

:*

Anônimo disse... [Responder comentário]

ah eu estou lendo esse livro,ele é mt bom! e meu blog acaba de sortear um exemplar dele!

Unknown disse... [Responder comentário]

Aaah! Eu ADORO esse livro! ^^
Confesso que no início achei a leitura um tanto cansativa, mas depois me empolguei =) Assisti a série, mas ainda não vi o filme =/ Mas pelas cenas que vi pela internet é belíssimo *-*
Amei a sua resenha, Rê! Tá de parabéns! ^^
Beijos!

Unknown disse... [Responder comentário]

Sabe que eu peguei esse livro pra ler pelo mesmo motivo!? ueheuheueheu

A JA é o maximo, e cada livro dela é ESPETACULAR!
O melhor pra mim é sem duvida PERSUASÃO!

Enfim, nem preciso dizer que a resenha tá maravilhosa neah!?

=***

Poiison Giirl disse... [Responder comentário]

Orgulho e Preconceito é sem duvida nenhuma, um dos livros mais espetaculares que li esse ano. Eu amo a lingua 'recatada'. Jane foi incrivel ao escrever esse livro. Amei a tua resenha, mostra exatamente o que senti ao ler esse livro parabéns.

Poiison Giirl
Tijolinha, Books & Fanfics

Nine Stecanella disse... [Responder comentário]

Eu adorei a resenha. Super bem escrita, envolvendo não só o livro da Jane mas o contexto. Tenho muita curiosidade em ler. Como estou em contenção de gastos, se ganhar algum vale livro de aniversário ou amigo secreto, compro uma versão de bolso. Adorei!

=)

KaahCullen_ disse... [Responder comentário]

adorei *-*
quero mt ler

Karine Marinho disse... [Responder comentário]

Sou louca para ler esse livro o único problema é que tenho medo pela escrita que é mais rebuscada. Mas é um livro que sempre tive vontade de ler!
Beijinhos, K.
Girl Spoiled

Bruna Tavares disse... [Responder comentário]

Este é meu livro favorito! E você tem razão quando diz que o filme é um dos poucos casos de adaptação fidedigna ao livro, embora claro tenha algumas mudanças, consegue ser quase tão bom quanto o livro.
Ótima resenha, parabéns!
B-jus

Books, Friends & News disse... [Responder comentário]

O livro é o meu favorito, a linguagem por mais que rabuscada é de fácil entendimmento, e os personagens são maravilhosos, qualquer livro de Jane Austen é maravilhoso, porém Orgulho e Preconceito é especial.

Uma dica a melhor adaptação de Orgulho e Preconceito é do minisérie criada pela BBC com Colin Firth como ator principal, ele ficou eternizado com Mr. Darcy, tanto que no filme de Bridget Jones o personagem do Colin é Darcy, e tb nos extras do filme tem uma entrevista feita pela Bridget com o Colin perguntando sobre o filme. Hilária

Julia Nevares disse... [Responder comentário]

Sempre adorei esse filme e tive vontade de ler. Até que lançou Orgulho e Preconceito e Zumbis, li, adorei e acabei perdendo a vontade. Todo mundo diz que o livro é 80% Jane Austen, mas eu realmente adorei os zumbis; Sempre acho um tanto quanto vergonhoso admitir isso, mas fico com medo de me decepcionar.
Acabei partindo para outros livros dela e comprei Razão e Sensibilidade para ler, mas também sou louca por Emma ^^
já leu Orgulho e Preconceito e Zumbis? hahaha beijos Mel, Defatto! & Três Lápis

obs, não sei se já comentei antes, mas minha internet travou e eu não sei se meu comentário de ontem foi ou não. desculpa mesmo caso tenha comentado duas vezes coisas parecidas :x

Anônimo disse... [Responder comentário]

Parece ser uma história linda!

Todo mundo fala o tanto que adorou, mas até hoje não peguei pra ler!

Não vou enrolar mais! rs

bjuss

Livy disse... [Responder comentário]

selinho pra vc:

http://nomundodoslivros.blogspot.com/2010/12/mais-um-selo.html

bjos

Lucia Marina disse... [Responder comentário]

Esse livro é perfeito! Eu sei que é um chavão, mas é um clássico!

Bjos!

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